terça-feira, 1 de novembro de 2011



POR TODOS OS ENQUANTOS


Enquanto você faz as compras, estou em casa dormindo
Enquanto você vai à igreja, estou indo num bar
Enquanto você é solidária, chuto o primeiro cão que me passa na frente
Enquanto me aconselha, ponho os fones no ouvido e “viajo”
Enquanto passa as roupas, tomo banho e saio
Enquanto você dorme, eu chego sem fazer barulho
E ainda neste seu sono, deito ao seu lado, e fico te olhando com cara de bobo
E enquanto você ternura, eu não sei de mim
Pois enquanto você é pintura sou teu admirador
Até quando respirares, pedirei que eu seja teu ar
E enquanto houver você também haverei eu.

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