ABAIXO DE MINHA SACADA
Agora o que me sobra é um telhado
Ele é coberto por folhagens, são folhas secas
Não limparei a calha
Não limparei meu teto
Eu não quero ver o sol, tampouco à lua
Que graça há em contar estrelas sozinho?
Não há braços para abraço
Não há rosto, não há traços...
Sinto-me somente normal
E minha casa ruída será a mesma
Ela sempre será a única luz no topo do monte
Solitária, não possui vizinhos
Seu telhado continuará a mercê das folhas
Ninguém falará, sim eu tenho certeza
Desconhecem quem habita abaixo dele.
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