terça-feira, 1 de fevereiro de 2011


ABAIXO DE MINHA SACADA

Agora o que me sobra é um telhado

Ele é coberto por folhagens, são folhas secas

Não limparei a calha

Não limparei meu teto

Eu não quero ver o sol, tampouco à lua

Que graça há em contar estrelas sozinho?

Não há braços para abraço

Não há rosto, não há traços...

Sinto-me somente normal

E minha casa ruída será a mesma

Ela sempre será a única luz no topo do monte

Solitária, não possui vizinhos

Seu telhado continuará a mercê das folhas

Ninguém falará, sim eu tenho certeza

Desconhecem quem habita abaixo dele.

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