O ÚLTIMO DIA
Hoje fiz
velório
De um
sentimento simplório
Que, feito
pólvora
Deixou seu
rastro
No caminho
Que, feito
romeiro
Continuarei
a seguir.
Mais tarde
veio o enterro
Três pares
de terra
E um defunto
no fundo.
Não sou eu
Não sois vós
É aquilo que
estava no meio
Que, feito
um muro
Separou o
que era um só.
E, agora em
luto
Deparo-me
num silêncio
Um silêncio
absoluto.
Roubou as
minhas rimas
Roubou a
minha fala
De cinza
pintou o céu
Para que eu
fosse grande
Para que eu
fosse forte
Para que o
azul fosse descoberta
Para que o
branco fosse arte
Para que as
cinzas
Que guarde,
à parte
Virassem
memórias
Virassem
diário
Dilema de um
poeta
Confesso a
si, vigário.
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