quinta-feira, 23 de maio de 2013



FUI CHUVA

Escorri do teu telhado
Feito gota de chuva
Para encharcar-te de passado
E cair-te feito luva.

Desci pela tua parede
Fui de encontro ao chão
Para matar tua sede
Para banhar teu corpo de violão.

Molhei, também, o tapete da porta
Fiz-me, nas flores, o orvalho da manhã
Deixei um rastro, como o de pólvora
Para fazer-te de louca, viva e sã.

2 comentários:

  1. Ficou fantástico, Lucas! Você cadenciou muito bem as palavras e esse tema me interessa: quando a gente acaba virando casas, objetos, gotas...
    Adorei mesmo!

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  2. Obrigado, Felipe! Espero que possa continuar agradando a você e aos outros (poucos) seguidores ainda mais!

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