domingo, 20 de março de 2011



NÃO ABRA O PORTÃO

Toc toc, a morte bate a seu portão. Ela insiste em não abrir, mas a força que o empurra é muito maior, é uma força que vem com sede, com um desejo insaciável de vingança. Ora, mas o que fizeste para deixá-la tão irada? Apenas cantou o último verso daquela música, mesmo sabendo que nunca deveria ser cantada, nem sequer um acorde. E onde aprendeu toda a letra? Quem a cantou e tu ouviu tanto a ponto de repeti-la? Não se ensinou um fragmento da canção, e é a primeira com coragem suficiente de cantá-la. Ó morte infeliz, então porque reluta tanto em vir buscá-la e consigo levá-la? Então faz somente teu papel, por mais incrível que pareça não foi culpa da canção. Chegou a hora. Se não tivesse falado em notas cada parte daquela música, viria te buscar da mesma maneira, e para descobrir quais os meus motivos, simplesmente venha comigo, e na tua rua restará saudade.


Uma das excessões em estrutura textual;

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